passeio dentro de ti

nesta cidade, muito guarda-segredos e cantinhos rarefeitos. inacessíveis. na pele colada de balões e bailarinas..
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ela escreve a palavra fim a marcar
novas coordenadas no corpo.
tatua os medos numa fragilidade compulsiva.
bailarina transparente e soldadinho de chumbo,
 presos por uma cola de contacto fora de prazo.
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sorriem da gravidade como desdobra os joelhos,..
da verticalidade ridícula das cidades,
dos lábios exageradamente pintados,
da vida mal copiada de um ficheiro zip.
num único movimento imperfeito explicam a intimidade crua.
como é a tua intensidade? 
[palavras embrulhadas numa folha de papel manteiga]
não há reflexos, 
és bonito assim.
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pássaros pedem uma porta da gaiola
que sirva de referência ao carteiro.
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 [marco dias & nuno gandra, lado negro (adapt)]
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