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há uma magia qualquer em escrever-te
quando sei que não estás..
quantas vezes já te redesenhei na ponta dos dedos?
shh..falo comigo. subverto o tempo.
este sem-forma ..começo a achar muito bonito.
sabes que sempre tive medo do começo das coisas?
ligeira vertigem de quem sobe de repente.

..
queres vir andar de baloiço?
ou sentar, só. construir barquinhos que se mexem com o vento.
e se escondem no peito.
..o teu porto seguro..
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ainda chove?

..
..não. parou. seco o chão.
agora, tenho o meu plátano da rua.
iluminado com a força do silêncio.
fragilidades que se adormecem com bolinhas de algodão.
..

gosto tanto do teu cabelo.
e do nevoeiro.
e de portas que saem para nada,
suspensas.
não vás dormir..fica comigo mais um bocadinho
..

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