passeio dentro de ti

nesta cidade, muito guarda-segredos e cantinhos rarefeitos. inacessíveis. na pele colada de balões e bailarinas..
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apetece regressar
a tanta coisa..

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há um ano,
exactamente há um ano,
chovia assim..

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azul.
como se na ideia da chuva
o olhar pudesse domar a fala
de um dado momento.
chamem-lhe o céu. e assim
descrever o que quer que vimos,
cá dentro,
nisto inumerável e milagroso,
nesta profusão de acaso.
como as palavras nos falham, como nada sai bem
no dizer disso, o desejo.

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poemas escolhidos (adapt.)_paul auster


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without her i've been a mess. i've painted my nails black and got my hair cut...i open my pictures collection and our past can be limitless and i know the process is to slice each section of my story thinner and thinner until i'm left only with her. and if she came pregnant we decided it would be God hand's fault...i wanted someone to enter my life like a bird that comes into a kitchen..and starts breaking things and crashes with doors and windows..leaving chaos and destruction...avoiding getting too close to know too much. i watch her get fucked up, lose touch, we listened to Nick Drake in her tape recorder and she told me she was a writer. i read her book in two and a half hours and cried all the way through as watching Bambi....at night we would talk in dreams.
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elle a peur du noir
et de tous les fantômes
qui viennent la voir le soir.
ne peut pas dormir.
trop d'images à l'esprit .
alors elle danse,
elle chante
elle joue.
les rêves l'enferment.
et quand elle rêve,
elle ne vit pas.
alice a peur du temps,
qui file entre ses doigts.

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elle invente des histoires
en secret pendant toute la nuit.
pas à pas elle choisit de punir
de plus en plus fort un corps
qui matérialise tous ses démons.
elle s'énerve.
n'écoute rien.
boit le ciel un bleu qui vire au gris.
sur les nuages au niveau de la pluie,
elle tombe à pic.
à cœur ouvert elle goûte le monde
du bout des doigts.
alice a peur du vide.

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shh..fecha os olhos..
sentes?
..sentes?


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.....caminho..
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simplesmente perfeita, sim
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tie strings to clouds
endless summers
go do
give into low tide
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"..assim,
à distância,
pareces água"

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there are bats and dragons
bellies with bumblebees
oh morning,
i’m on my knees
watching you
waltzing with the open sea

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bom dia, sorriso

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"inquietação latente naquela mulher..
força estranha, vivência,
certeza assustadoramente presente
na ausência.
não pensa nem sente.
tortura-se, obriga-se,
sem resignação, sem desistência.
apenas uma espécie de falso e
tranquilo abandono.
toda a orfandade de um sorriso
ou de uma carícia..abraços que são
ternura e violência,
peito aberto.
não maternal. virginal.

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não se expõe. dispõe-se.
espera num tempo que não existe.
memórias de um acontecimento,
fragmentos de uma violência muda,
recompostos na frágil expectativa de sentido.
ela deixa quebrar os vasos só para os ouvir.
porque tudo tem uma voz.
mesmo as coisas mudas.
de noite afunda-se no lago
e adormece.
de noite, diz-se perdida.
depois vem o dia.
a quase paixão que jamais toca."

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[electra_olga roriz (excertos adapt.)]
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quando se adormece
com um quase interminável
em tudo o que é dito,
não se acorda impune.

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...... bonito .... *
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passeio pelos pontinhos
sem dizer o teu nome.
e pareces-me tanto
uma conversa sem pausa..

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"can we find a way
to evaporate ourselves
from a pond
and condensate
over an ocean?"

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[lindíssimo_http://kumiyamashita.com/]

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"what are we afraid of?

what do we love?"

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[fotos: http://www.mrtoledano.com/]

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arrebatador. sempre.
sem explicações.
não seria possível.

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