passeio dentro de ti

nesta cidade, muito guarda-segredos e cantinhos rarefeitos. inacessíveis. na pele colada de balões e bailarinas..
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não gosto quando começas a falar dos problemas banais e de como astutamente atas os cordões às rotinas. não gosto. nunca to disse. mas hoje sinto-me cansada dos sentidos únicos. engolidos de uma só vez. é que ainda não consigo ver-te a conferir o troco na porta de um supermercado qualquer.
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dusdin condren

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proximidade, razão..nem sei como lhe chame. mas tenho dificuldade em perceber se o fazes para me acalmar, quando me sentes mais ansiosa, a prefigurar um escorregar dos nossos dedos, ou quando me queres consciente de que os amantes não escolhem saídas de emergência de cada vez que acendem incêndios… “sabes que és especial”… não há frase que mais caminhe para o fim de qualquer coisa. às vezes cansas-me.
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