..... de dedos afastados, deixo cair gotas pelo vestido.
e demoro-me a ver por onde se perdem.
no precipício da bainha, param.
.................................................... e invariavelmente caem.
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não sei se por vontade, se por incapacidade de retorno.
mas acredito que lhes pesem as decisões de um caminho.
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e demoro-me a ver por onde se perdem.
no precipício da bainha, param.
.................................................... e invariavelmente caem.
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não sei se por vontade, se por incapacidade de retorno.
mas acredito que lhes pesem as decisões de um caminho.
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hoje apeteceu-me guardá-las. parar infinitos.
juntei-as num frasco e dei-lhes um céu.
e embora este azul
acabe “numa superfície de vidro, que não se consegue tocar”,
é o meu mar.
na bainha do vestido guardo o mar.
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ato os fios d’ocre às pernas e
deixo-me flutuar no chão de ervas secas,
com o som das gaivotas nos olhos.
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nas folhas de papel, é sempre tudo tão completo..
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