dos muitos meninos que se demoram nos passeios a imprimir dedadas nas paredes à medida que sonham. diz-me que tem medos. que não se dá. e enquanto diz isto espanca vontades de circunstância, de cada vez que exprime uma nitidez inabalável no rosto. talvez por isso seja um solitário. de uma solidão cheia. sente que nunca sente o que sonha. e sonha com um 'para sempre', mesmo que esse 'lá' nunca chegue. por vezes cansa-se dos passeios sozinho. ou da falta de reflexos nos olhos, o que não é necessariamente a mesma coisa. mas é assim baltazar, o menino que vive num dia que não tem a duração dos dias dos outros meninos, porque se perde a contar estrelas na noite. "dizem que é mudo, mas não surdo. um escândalo de silêncio". gostava tanto de lhe poder dizer que os pequenos castelos se contróem de infinitos. e que é preciso molhar os pés de mar para que eles permaneçam indestrutíveis. mesmo que os seus propósitos vão com as primeiras marés.
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passeio dentro de ti
nesta cidade, muito guarda-segredos e cantinhos rarefeitos. inacessíveis. na pele colada de balões e bailarinas..
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