...
...
acordamos cedo
mas chegamos tão atrasados a nós mesmos
há nesta espécie de partida uma
estranha lei contra newton
no descampado ao pé da estação
passos de chumbo na neve
exijo o silêncio
arrastada por uma chamada perdida
uma cabine telefónica avança sozinha na noite
mais um passo. para quê?
não me serve
..
..
desaparecer para depois surgir
com estas luvas anti-bacterianas
e
os comprimidos anti-stress.
fui colocar a peruca de pardais
e vim
a voar até aqui acima
e agora não sei como inventar
as escadas para descer
estou aqui enternecida com a bailarina
da tua caixa musical
passo a mão pelos cabelos molhados
chove outra vez
há ecos de corpos rasgados
na
gargalhada dos palhaços
é tarde
mas sobretudo urgente
sei o papel de cor mas
não chego
para uma história
abro a porta
tenho cuidado com os vidros partidos
podia ficar aqui enquanto a noite
respira nas janelas embaciadas
e
nos tira a roupa antes de dormir
isolado num cantinho
o teu sorriso
poderia de facto ficar aqui
enquanto desapareces num sono sem
importância
..
[golgona anghel_vim porque me pagavam (adapt.)]
..
..
passeio dentro de ti
nesta cidade, muito guarda-segredos e cantinhos rarefeitos. inacessíveis. na pele colada de balões e bailarinas..
..
..
..
antes do tempo, vive fora dele. sentada em cima das peças raras
ela é sempre fria e impossível. efabulatória como todas as estátuas da história. não experimenta nada. não bebe. não fuma. não suja os sapatos na rua. não fala com ninguém. não pode perder nada. aguarda infinitamente
incapaz de seguir.. je fermerai maintenant les yeux
..
..
..
[golgona anghel_vim porque me pagavam (adapt.)]
..
..
..
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